PROTEÇÃO EM COMANDOS ELÉTRICOS: O FUSÍVEL!


Antes de começarmos a falar de fato sobre o fusível, é necessário fazer uma breve explicação sobre os dispositivos de proteção no geral.

Os dispositivos de proteção têm, como objetivo, proteger os equipamentos e condutores de uma instalação dos danos de uma corrente de alto valor e de grande duração.

Todos equipamentos que estão conectados a uma rede elétrica estão sujeitos a falhas elétrica ou de circunstância que acarreta problemas na rede elétrica, como por exemplo: curto circuito, sobrecarga, falta de fase, queda de tensão e etc.

Para evitar que esses incidentes causem danos aos componentes e perturbações na rede de alimentação, os dispositivos de partida dos motores devem ser providos de:
  • Proteção contra curto circuitos: para detectar e interromper o mais rápido possível correntes anormais inferiores à dez vezes a corrente nominal (In);
  • Proteção contra sobrecarga: para detectar aumentos da corrente até 10In e interromper a partida antes que o aquecimento do motor e dos condutores danifiquem seus isolantes. 
Os fusíveis são dispositivos de proteção contra curto-circuito (e contra sobrecarga caso não seja usado relé para este fim) de utilização única, ou seja, após sua atuação devem ser descartados. 

Os fusíveis geralmente são dimensionados 20% acima da corrente nominal do circuito.

O fusível interrompe o circuito quando houver correntes maiores que 160% da sua corrente nominal. 

O tempo de atuação diminui a medida em que aumenta o valor relativo da sobrecarga. 

Assim uma sobrecarga de 190% da corrente nominal será interrompida mais rapidamente que uma de 170%. 

Podemos classificar os fusíveis em dois tipos: retardados e rápidos.
  • O fusível de ação retardada é usado em circuitos nos quais a corrente de partida é muitas vezes superior à corrente nominal, ou seja, em curto circuitos. É o caso dos motores elétricos e cargas capacitivas. 
  • Já o fusível de ação rápida é utilizado em cargas resistivas e na proteção de componentes semicondutores, ou seja, em sobrecargas de corrente, onde não há picos de partida.
Os fusíveis mais utilizados em comandos elétricos são classificados de acordo com seu formato e forma de conexão.


Tipo D ou DIAZED 

São encontrados na faixa de corrente entre 2 à 63 A e tem a corrente de ruptura (Ir) de até 70KA.

Corrente de ruptura é a corrente máxima que a estrutura física do fusível suporta, caso essa corrente seja ultrapassada, o fusível pode explodir.

Ele é indicado para suportar picos de corrente, pois tem a ação retardada, ou seja, usado em circuitos de motores, por exemplo.

Na figura abaixo, está sendo representado o fusível DIAZED, onde é possível ver as suas informações: Corrente que o filamento do fusível suporta (20A); a faixa de tensão (500V) e a sua corrente de ruptura (50KA).




Quanto à sua estrutura física, o fusível DIAZED é constituído por:
  • Fusível; 
  • Tampa;
  • Parafuso de ajuste;
  • Anel de proteção;
  • Base.


Tipo NH 

Os fusíveis NH são mais robustos do que os DIAZED, tendo sua corrente de ruptura (Ir) de até 120KA e com faixas de corrente entre 4 à 1000A.

Na figura abaixo, está sendo representado o fusível NH, onde é possível ver as suas informações: Corrente que o filamento do fusível suporta (125A); a faixa de tensão (500V) e a sua corrente de ruptura (120KA).



São usados para proteger circuitos que em serviço estão sujeitos à sobrecargas de curta duração, como por exemplo, partida direta de um motor trifásico.

Os fusíveis NH são presos a uma base, onde precisa-se de um punho para retirá-lo dessa base quando houver necessidade.



Além disso, são diferenciados de acordo com o tamanho: NH0, NH1, NH2 e NH3.


Vamos fazer uma série sobre os dispositivos de proteção, então fique ligado nos próximos posts!


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